quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Íamos a Colômbia


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Enfim, íamos a Colômbia. Todos animadíssimos, malas prontas, felicidade geral da nação no ar. Era Domingo, um Domingo pacato como todos os outros.
Ela estava muito alegre. Mais alegre que os demais, era notável. O pai havia saído para comprar os mantimentos que faltavam, e os demais na sala, incluindo eu mesmo, fazendo planos para as aventuras e os caminhos que tomaríamos no país desconhecido.
Éramos 9, em 2 carros cheios de tralhas e combustível para a viagem.
A menina sorria e sonhava. Não se contendo em si mesma falava aos quatro cantos e discutia com os outros sobre os planos da viagem. Ela, mais do que qualquer um, ansiava por este evento.
O pai retornou com um semblante consternado, triste por assim dizer.
- O que foi? - Todos perguntaram em uníssono.
- Nós não vamos poder viajar para a Colômbia.
- Mas por que? - Já gritava a menina com o peito doído e lágrimas de frustração nos olhos.
- Nós não sabíamos, mas é necessário passaporte para entrar na Colômbia, e nenhum de nós tem um.
- Mas Pai! - Gritava mais alto a garota de cabelos vermelhos e escuros.
- Não tem o que se fazer! Infelizmente nós não vamos poder viajar.
Ela saiu porta afora chorando desesperada.
Todos, exceto o pai, decidiram ir à casa da mãe da garota para comer uma pizza e tentar esquecer a frustração da quase viagem tão aguardada.
Pediram pizza de calabresa.
Uma hora depois, após muitas lamentações, conversas e risadas, a pizza chegou. Calabresa; disso você já sabe. E assim como nós, esperou. Mas o que nós vimos após abrir aquela caixa que deveria conter consolo e certa alegria, nos trouxe pavor de nojo. Mas como assim? Você pode estar se perguntando. Se estiver, parabéns, tamo junto.
Abrimos a caixa, e o conteúdo fez alguns irem direto ao banheiro. Calma, não se apavore. Era só pizza de açúcar derretido com recheio de Bacon. Sim. E se você pensa que gosta e que tudo bem, então você, meu querido leitor, é um animal.
Aquilo não era pizza, ao menos não a que eu pedi.
Mas todo esse pensamento, junto com todo esse dia terrível, sublimou-se ante outra expectativa. Havia um rumor crescente que nos tomou de assalto e cresceu em nossos corações. O de que havia um homem que buscava a casa da mãe da menina para assalta-la naquela fatídica noite. Soubemos isso pelo vizinho do lado.
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Todos correram para suas casas com medo de algo ruim acontecer.
A menina pediu um táxi e desceu as escadas para aguarda-lo. No momento que o táxi estava chegando, passou um homem vendendo relógios de pulseia fina, os preferidos da garota. Ela o parou e escolheu um muito bonito. Eu a acompanhava e aguardava. O táxi então chegou e nos aguardou por um minuto. Foi quando aconteceu.
Ouviu-se um barulho de correria, e quando fui olhar na rua ao lado, vi um homem vindo das sombras da noite, estava no escuro para que não vissem o seu rosto. Sua presença assustou a todos ali presentes. Avisei a ela, que assustada e horrorizada correu para o táxi e ordenou que o taxista corresse dali.
O homem assustado, não ciente da ameaça, fugiu em direção à rua onde estava o criminoso, passando por ele e se assustando ainda mais. O problema era que essa rua estava interditada no seu fim. Estávamos sem saída. O homem mal então virou-se para nós vindo em nossa direção.
O taxista não teve outra opção, senão atropelar aquele mal desconhecido e fugir sem direção para longe daquele lugar. E nós, fugíamos para longe de tudo e daquele dia, que sem fim, ficará sempre em nossas memórias.

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