Um Pouco Mais Sobre Nós
Há sim algo a se dizer.
Algo que não foi dito.
Sobre a Terra.
Nosso planeta estava ali. Belo. Azul. Em paz.
Um Mês, que os Historiadores Planetares denominam como o Mês da “Transformação”, foi tudo o que bastou, tudo o que restou à humanidade.
Os céus do planeta foram tomados por uma nuvem. Formada por aquilo que chamaram “animaizinhos nojentos”. Tinham asas, garras, dentes afiados e eram velozes. Como eram velozes aquelas criaturas. Asas cinzentas como um céu que anuncia tempestade; garras longas e afiadas que rasgavam o mais duro aço; Dentes longos como o dos grandes felinos de nosso planeta; corpo coberto por pelos e uma cabeça de lagarto. Mas havia os menores. Ainda frágeis. Mas mais velozes. Os grandes eram poucos e logo havia menos ainda. Mas os pequenos eram como insetos. Estavam por todo lugar, em toda a terra. E eles, ao contrário dos grandes, tinham outra função. Enquanto os maiores eram carniceiros, os menores tinham apenas um objetivo aparente. Espalhar a DOENÇA. Esta que era transmitida através da mordida daqueles bichinhos nojentos (que, mais tarde descobrimos, morriam algumas horas após a primeira mordida) e após isso através do mínimo contato com um corpo infectado.
Quando já a maior parte da população estava extinta, começaram a surgir seres humanos imunes à DOENÇA. Os que eram imunes à transmissão indireta da enfermidade continuaram suas vidas “normalmente”, na medida do possível é claro. Mas havia aqueles capazes de resistir à transmissão direta da DOENÇA. Imunes à própria mordida daquelas criaturas. Esses revelaram o Propósito Terrível por trás do surgimento daqueles bichinhos malditos.
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