segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Altos e Baixos

Um dia eu precisei descer
Mais fundo do que já ousei
E isso sem sequer saber
De tudo que hoje eu sei

Precisei descer
Pra poder olhar pra cima
E enfim entender
A grandeza de minha sina

Não que eu seja grande, veja bem
Mas que todo pequeno festeiro
Pra poder ver por inteiro
Precisa distância primeiro

Pra poder firmar certeiro
No alvo que é fugiteiro
Uma flecha de azevinheiro
Que eu chamo de amor verdadeiro

Aí depois pode ver bem
Que a vida de tudo tem
E que pra ser feliz com alguém
Independe de um vintém
Mas daquilo que do coração vem.

Sode e Desce

Um sobe sobe
Um desce desce
Um sobe desce
Outro sobe
Enquanto um desce

E é nesse sobe desce que a vida ensina a gente que se um sobe, outro desce.
E descendo a gente sobe pra poder outro descer.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Atuação das Forças

O estado de natureza é aquele no qual nos encontramos mais escravos dos desejos do que o somos no estado atual. O desejo no estado de natureza leva quase sempre a uma concretização. Digo quase, porque a atuação das forças interessadas na mesma situação será juiza e executora da mesma e ditará através de um embate sujo e cruel quem vencerá e determinará a verdade do passado após aquele momento. A concretização do vencedor através da força ditará o rumo de um, alguns ou muitos povos. E assim foi sendo contada a nossa história. Através de estórias de um tempo onde a verdade era escrita a ferro e fogo e onde o poder ditava através da força cada palavra a ser escrita e repetida para a posteridade.

Dois dias em Hogwarts

Numa destas Quarta-feiras ensolaradas eu comecei a leitura de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Foi Fantástico como eu já esperava que fosse, mas tem algo mais. E é disso que eu quero falar.

Logo quando o livro começa eu já sou invadido por um, na verdade dois sentimentos: ódio voraz e desejo de liberdade a qualquer custo. Porque... Como pode? Como pode? Que família maltrapilha, que seres humanos mais fétidos. Lembou-me do início de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios", no qual a mãe dele só ficava com o padrasto por conta da porcalhice do mesmo. Porque esta ocultava o "cheiro" de tudo que era especial em Percy. Só que o tal "mesmo" agia como um terrível de um capataz escravista com o enteado. Assim também acontecia com Harry, só que pior! Eles são FAMÍLIA do Garoto! Tio, Tia e Primo.

Nos últimos anos de sua infância, Potter vivia a realidade como lhe fora apresentada. Pais mortos num acidente, Adotado e Maltratado pelos tios, servo e não parente das pessoas que lhe eram mais próximas. Uma cicatriz em forma de raio na testa que lhe servia dia e noite como uma lembrança indistinguível de uma realidade que lhe fora arrancada. Por memória em pesadelos, apenas um clarão verde se mostrava como o único fiapo de lembrança do que poderia ter sido uma vida completamente diferente.

Algum tempo se passou até a chegada de seu décimo primeiro aniversário. Nada de especial, apenas alguns pratos para lavar, uma boca para fechar e uma cama embaixo da escada, um refúgio onde podia se afastar.

Então chega uma carta, advinda de um lugar distante, convidando-o a um mundo distante, desconhecido. Cartas, corujas, estradas, loucuras, mar e casebre. Trajetória sinuosa para um pequeno garoto que não sabia do que fugiam. Até que uma noite, finalmente fora salvo por um GRANDE futuro amigo.

Levado e Resgatado por fim, foi em direção  ao futuro que o aguardava, o do menino que sobreviveu, o menino capaz de vencer a morte através do amor.

Belíssima estória ficcional que nos ensina muito sobre amor, amizade, lealdade e caráter. E sejam bem vindos ao mundo da Magia.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Te Desejo os melhores Cheiros

Sabe de  uma coisa? Tudo tem um cheiro... ÓÓÓÓÓH.. Que novidade marcante não é mesmo?

Mas o que eu quero dizer com o cheiro das coisas é que tudo que cheira, lembra. Mesmo que feda. Especialmente aqueles cheiros de tempos marcantes (bons ou ruins).
E isso sempre me deixa muito nostálgico. Por exemplo, neste exato momento, tô sentindo o cheiro de um perfume que eu usei quando comecei este blog, sonhando escrever e escrever, por que eu amo isso.
Ah! E nessa época eu também estava lendo pela primeira vez um dos meus livros favoritos "O Nome do Vento", e aprendendo que falar sobre coisas não é atirar palavras ao vento. Não. É uni-las, separa-las, refaze-las, mastiga-las e faze-las dançar ao som do vento, do tempo e da chuva, faze-las fluir do coração para as mãos, bombea-las por todo o meu corpo, senti-las cair na ponta da língua e vê-las dançarem aos pés dos ouvidos. Senti-las caindo como um pingo d'água no ouvido de quem ouve e no coração de quem lê.
É tudo isso que meu coração me faz sentir quando eu sinto um cheiro.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A sensação de uma boa leitura

Uma profusão de palavras desconexas como uma sopa de letrinhas infinitas e coloridas, possibilidades intermináveis de textos rasos e profundos produzidos pelo simples riscar do papel, grande aliado de uma mente arguta.
Assim surgem as leituras mais propensas à interminável e deliciosa continuação; até o ressoar inacreditável do Fim.

Onomatopeia

Um fluido ruir de águas rancorosas que riscam um quadro negro a Giz, zumbindo nos meus ouvidos como um rasgar metálico neste ar cálido desta noite ríspida. Ou em outras palavras: iiiirirriririririrriiriirrrrrrrr, como garras afiadas se arrastando pelo metal.

Carta do Maníaco: Confusão do fim dos tempos

O dia de hoje é em si mesmo uma verdade absoluta que luta contra dois inimigos com unhas e dentes  Passado e Futuro em uma só mente Presen...