domingo, 13 de julho de 2014

O Nome do Vento: O livro das perguntas

O Nome do Vento



Qual o seu Nome?
Você responde: Hermenegildo
O que ele significa para você?
Resposta: nada... É apenas o meu nome...
Mas será?

Será que nossos nomes vão além do som que produzem? Há algo de essencial no nome das coisas?
Os Gregos já diziam que conhecemos as coisas não pelo que elas São de verdade, mas apenas pelo que elas aparentam ser no mundo das coisas.
Um questionamento mais recente é: quando chamamos algo, não chamamos especificamente, mas a idéia geral daquilo que chamamos. E o que é essa idéia geral? Essa idéia da coisa em essência?
Este é o cerne do questionamento ficcional da magnífica série da “crônica do matador do rei”, escrita por Patrick Rothfuss.
Nela conhecemos a estória do jovem Kvothe, o sem-sangue. Um jovem genial cuja família faz parte de uma Trupe intinerante, daquelas que fazem espetáculos teatrais e musicais mesmo nas ruas. Costumo enchergá-los como artistas nômades. Pois bem, em uma das viagens, quando passavam por uma cidade, o jovem Kvothe conheceu um senhor, que pelos trajes aparentava ser um pobre velho inofensivo, que no entanto era um pouco mais do que isso. Ao entrar na cidade, encontrou nos guardas e no “prefeito” por assim dizer, resistência quanto a sua estadia por lá, pois estes desconfiavam que o velho era na verdade um mago, e eles não queriam pessoas do tipo em sua cidade. E foi quando os guardas tentavam expulsar o velho senhor a qualquer custo, que o jovem Kvothe viu o inesperado, o inacreditável. Viu o homem balbuciar algo entre os lábios, e então, como que do nada, chegou. O vento chegou com muita força, afugentando os guardas e salvando o inofensivo “velhinho”. O que o nosso jovem protagonista havia visto era inacreditável. O pobre velho havia chamado o Nome do Vento e este havia respondido como que a um velho amigo. Não o nome geral que conhecemos, mas o essencial, que se perdeu nas areias do tempo. O Nome pelo qual o próprio vento responde. E é em busca disto que vai o jovem Kvothe. Em busca do Nome do Vento.
Mas aos que não são fãs de Filosofia, não se preocupem, a história de Kvothe o Arcano vai muito além disso. Envolve intrigas Políticas, Vingança, Romance, comédia, música, drama, suspense, ficção, ação e tudo mais que uma aventura fantasiosa deve conter.
O Nome do Vento é uma excelente escolha para qualquer amante da ficção.

3 comentários:

  1. Show, Ezra! Me incentivou a ler mais rápido esse livro.
    Você escreve muito bem.
    Congratulations, man. ;)

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    Respostas
    1. Qué izo.. Eu nun inscrevo bem nan..
      Muito Obrigado Senhorita Aczar Debyr!
      Me espelho no seu espelho!

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    2. Treinando ser modesto. Lindo isso! Kkkkkk piada sem graça: por isso que tu tá tão branco. (Porque tá se espelhando no meu espelho... kkk)

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