Não me faça tanta falta
De um jeito tão necessário
Que o meu sistema binário
Só descreva você
Não me seja tão saudosa
Ao ponto de me fazer desejar
Que o vento que me acaricia a cabeça
Seja tuas mãos a me acariciar
Não me dê tanto desejo
De te ver assim na minha frente
Que eu comece a ver, Assim de repente
Feito miragem, Você.
Olá Você aí! Tudo bem? Este é o Ezra uma vez. Um lugar em qualquer lugar do Universo, em qualquer Universo, em qualquer lugar. Aqui é o lugar onde a gente vai bater aquele papo maroto, Aquela conversa gostosa, e rir! por que não? Seja quem você for, acabou de chegar ao lugar certo.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
O Jeito que Ela é pra Mim
Ela é pra mim
Um doce azedo
Sem ternura assim
Um amargo Doce
Um chocolate pra mim
Uma meiguice
E um futuro sem fim
Um cheiro doce
Feito um Jasmim
Sorriso largo
Que me faz sorrir
Mas que beleza
Parece um Jardim
Esse é o jeito
Que ela é pra mim
Um doce azedo
Sem ternura assim
Um amargo Doce
Um chocolate pra mim
Uma meiguice
E um futuro sem fim
Um cheiro doce
Feito um Jasmim
Sorriso largo
Que me faz sorrir
Mas que beleza
Parece um Jardim
Esse é o jeito
Que ela é pra mim
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Faz tempo que não li vejo
Mas amor
Faz tempo que não li vejo
Me esqueci até da cor
de teu cabelo de flor
Mas é como eu disse
Por mais que não ouvisse
Faz tempo que não li vejo
Já pensei no desejo
Que tenho de li vê um dia
Vêz em quando me vejo
Pensando em como seria
Pena que eu não sabia
Mas Faz tempo que não li via
Só de pensar me arrepia
Teu cherin me lembra tudo
Que eu amava e não sabia
Mas jájá me esqueço
Penso e até esmoreço
Faz tempo que não li vejo
Achei que tivesse só
Com alegria latente
Viajei levantando pó
Doidinho e crente crente
De que a veria só
Não sabia eu inocente
Que a danada já tinha em mente
Um plano tão indolente
Cheguei com exaspêro
Esperando logo um xero
Um olá com coerente esmero
E um adeus que me fosse sincero
Pensei, afinal de contas
Faz tempo que não li vejo
Me apareceu então um minino
Dois, três e logo a sala se enchia
Pensei comigo: que dó
Pensei que estava só
Mas como todo mundo sabia
Fazia era tempo que não li via
- Mas meu amor tenha dó
Disseste que estava só
Me fizeste levantar pó
Comer só pão de ló
Pra aqui na hora chegar
Pra ter tempo de li mirar
Antes de me declarar
Disse ela - Segura as calça Vicente!
Que te digo na tua frente
Não te quero mais.
Pois já tenho outro em mente
Pense num caba potente
Seu nome é Antônio Valente
Mas Se for pra ser assim de repente
Eu Disse - Meu amor nem tente
Lembre que eu vivia contente
Fazia tempo que não li via
E agora, em minha frente
Lembre! Seja coerente!
Me deixe ir descontente
Que eu me viro nessa via
Via onde fui deixado
Pelo amor Desconsolado
Por quem amei apaixonado
E ainda assim soltei um brado
No meu caminho de volta desolado
- Mas meu amor!
Fazia tempo que não li via.
domingo, 21 de dezembro de 2014
Tum
O som da vida é Tum
Depois vem outro Tum
E faz um TumTumTum
Nós dois já somos um
Sem o teu Tum
Nós dois não somos um
Sempre faltoutro Tum
Pra música soar
Quando o meu Tum
Encontrou o Teu Tum
Batemos TumTumTum
E agora somos Um
Esses dois Tuns
Que batem como um
Não são muito comuns
Só se acham uma vez
Pois se o seu Tum
Encontrar outro Tum
Aproveite façam-se um
E Batam TumTumTum
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
O cheiro que dela vem
O cheirinho que ela tem
Ôôô, o cheirinho que dela vem...
Ah, se eu pudesse explicar
Com as palavras que a vida tem
Lembra assim um Xerém
Ou o cheiro que a chuva tem
A quem adivinhar eu dou cem
O cheirinho que dela vem
Cheiro de mar
Misturado com luar
E uma lufada de ar
Com o cheiro que dela vem
É assim hipnotizante
Traumaticamente fantástico
Assim.. Hiperbólico
Pra não dizer simbólico
O cheiro que dela vem
O poema está incompleto
Pois o que sinto perto dela
É mais que poético
É o Cheiro que dela vem.
Ôôô, o cheirinho que dela vem...
Ah, se eu pudesse explicar
Com as palavras que a vida tem
Lembra assim um Xerém
Ou o cheiro que a chuva tem
A quem adivinhar eu dou cem
O cheirinho que dela vem
Cheiro de mar
Misturado com luar
E uma lufada de ar
Com o cheiro que dela vem
É assim hipnotizante
Traumaticamente fantástico
Assim.. Hiperbólico
Pra não dizer simbólico
O cheiro que dela vem
O poema está incompleto
Pois o que sinto perto dela
É mais que poético
É o Cheiro que dela vem.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
O Ônibus do Amor
Que horas que passa aqui,
O ônibus do amor?
Não sei, disse um moço
Com fama de namorador
Olha, que horas que passa aqui,
O ônibus do amor?
Às seis, disse o rapaz
Com cara de cobrador
Rapaz, será que passa aqui
O tal do ônibus do amor?
Meu amigo, eu não sei.
Não me perturbe, por favor!
Estou com pressa, por favor
Cadê o ônibus do amor?
Ninguém sabe lhe dizer
Se aqui passa tal motor
Disse uma voz distante
Fanha, voz de elefante
Mas de certa forma elegante
Falava com mui fulgor
Pois tá certo
Disse o Senhor
Que esperava confiante
O tal do ônibus do amor
O ônibus do amor?
Não sei, disse um moço
Com fama de namorador
Olha, que horas que passa aqui,
O ônibus do amor?
Às seis, disse o rapaz
Com cara de cobrador
Rapaz, será que passa aqui
O tal do ônibus do amor?
Meu amigo, eu não sei.
Não me perturbe, por favor!
Estou com pressa, por favor
Cadê o ônibus do amor?
Ninguém sabe lhe dizer
Se aqui passa tal motor
Disse uma voz distante
Fanha, voz de elefante
Mas de certa forma elegante
Falava com mui fulgor
Pois tá certo
Disse o Senhor
Que esperava confiante
O tal do ônibus do amor
Mudar
Olá amiguinhos e amiguinhas da tão chamada blogsfera. Como vão suas vidas pacatas?
O texto de hoje será sobre algo interessante.
Mudar.
Comecemos do começo.
Por que Mudar?
Nós somos seres mutantes. Mudamos. Muito. Começamos mudando. Tanto que Someramos chamados Nômades. (Someramos = Somos + Eramos. Isto ocorre por se tratar de dois tempos verbais distintos na mesma palavra, já que não Eramos Nômades, mas humanos. Mas nós mesmos, humanos, decidimos classificar, chamar os "nós" do passado de Nômades. Então não Eramos, mas Somos, então Eramos. Logo, Someramos.) Problema resolvido. Voltemos.
Mudamos bastante. E segundo parte da Fiência, Vinhamos mudando já há milhões, talvez Bilhões de anos. Agora, Fiência... (Creio que preciso parar para explicar-vos parte dessa magnífica palavra não reconhecida por quase 99% dos Fientistas atuais. Bem, tudo começou do começo, com a mudança e tudo mais. Isso segundo a Fiência. Tudo estava lá, paradão. Daí BUUM! Ou melhor, BAAANG! E tudo se formou. Tudo se uniu ao nada e formou tudo o que hoje não conhecemos, mas julgamos conhecer. Mas pra que seja possível julgar, é necessário crer naquilo que julgamos - mesmo sem conhecer -. Logo, Fé. Mas alegamos que nosso julgamento é Científico. Logo, Fé + Ciência = Fiência... Noutro momento talvez eu pare para explicar melhor essa circunstância a vossas mentes mutáveis...) Voltemos.
Vinhamos mudando, e nunca mais paramos. Tudo em nós gritava e grita por mudança!
Nossa mente nova deseja amadurecer, Nosso corpo jovem deseja envelhecer, Nossa vida um dia deseja volver ao lugar de onde saiu. Nossas Células ficam se trocando o tempo todo. Nosso sangue se renovando, Nossos pulmões sempre almejando novos ares. Nossos olhos, novos olhares.
Mudamos Porque precisamos mudar. Mudar é mais humano do que ser humano. Mudar é o que nos faz humanos.
Como Mudar?
O nosso corpo nos ensina um pouco disso. Quando ele precisa mudar, ele toma uma atitude. Muda. E não se importa em mudar, porque sabe que precisa. Um intrigante exemplo é: Ninguém se mata prendendo a respiração. É impossível. O desejo pela mudança dos ares de nosso corpo é imensamente maior do que qualquer vontade que tenhamos. Os pulmões vão te forçar a aspirar o ar da mudança, o ar que permitirá a continuação da vida.
E é neste ponto que eu queria chegar. Tudo em nós e ao nosso redor nos ensina que para se viver, se sobreviver, é necessário mudar. Não podemos parar e continuar fazendo as mesmas coisas. Ainda que sejam boas. Pois se forem, então se renove, procure fazer melhor. Se são más, mude, procure fazer melhor. Se não faz, procure fazer! Mude! Viva!
Onde Mudar?
Eu poderia indicar um número sem fim de estabelecimentos dispostos a te ajudar a mudar. Mas não serei hipócrita. Vou te indicar Alguém capaz de trazer mudanças diárias a sua vida. Alguém que vai te ajudar a ser aquilo que nasceste pra ser. Um ser mutável. Um ser Humano.
Esse alguém é Jesus Cristo. Aquele que foi pregado numa Cruz. Aquele cujo amor não conheceu barreiras.
Após conhecer este Jesus, O apóstolo Paulo escreveu o seguinte: "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Este homem que isto escreveu, é o mesmo que perseguiu a Cristo. Mas um dia O conheceu. E mudou. E olha só onde estou. Aqui, em frente a um computador, escrevendo sobre este homem que entregou sua vida a Jesus, e foi Transformado.
Mas a pergunta foi "Onde" e não "Quem", você pode dizer.
Quanto a isso eu responderei com as palavras de Cristo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim."
Logo, o meu Onde é o meu Quem, o meu Porque e o meu Como também.
Ele é minha mudança diária e deseja sobremaneira ser a tua também.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
O ritmo da Vida
O ritmo da vida é Tum
Tum
Sempre incompleto
Sempre faltando outro Tum
Pra música poder começar
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Saudades de Você
Saudade é aquilo que a gente sente por não poder sentir aquilo de que se sente saudade.
Saudade é a forma que a gente tem de dizer que nosso coração tá batendo um Tum só.
Saudade é um jeito de dizer "eu te amo". (
Saudade é falta. Igual a um buraco que fica literalmente no peito, porque se não ficar lá, então não sei onde fica, porque é lá que dói, bem no peito, não na mente, no peito.
Saudade é uma palavra tão completa. Mas ao mesmo tempo é séria, profunda. Foi feita pra se usar em situações específicas, Só pra pessoas específicas. Não pra todo mundo. Só pra quem deixa saudades de verdade.
Saudade é a forma que a gente tem de dizer que nosso coração tá batendo um Tum só.
Saudade é um jeito de dizer "eu te amo". (
Saudade é falta. Igual a um buraco que fica literalmente no peito, porque se não ficar lá, então não sei onde fica, porque é lá que dói, bem no peito, não na mente, no peito.
Saudade é uma palavra tão completa. Mas ao mesmo tempo é séria, profunda. Foi feita pra se usar em situações específicas, Só pra pessoas específicas. Não pra todo mundo. Só pra quem deixa saudades de verdade.
Tem gente
Tem todo tipo de gente
Que habita nesse mundo
Tem os que são sorridentes
E tem os que são moribundos
Tem gente que faz sorrir
Tem gente que faz chorar
Mas na hora de partir
Todos dois se fazem lembrar
Uns pelos sorrisos
Outros pelas tristezas
Mas as marcas de seus pisos
Ficam em nossas profundezas
Tem gente que a gente ama
Tem gente que ama a gente
Tem amor pra dona ana
E Tem amor pra seu Vicente
Mas somente de um jeito
É que tudo fica contente
É se esse amor que tiver no peito
Bater em duas vertentes
sábado, 6 de dezembro de 2014
Reflexão Diária ;)
Dormir e Curtir Pra mim
São tudo no mesmo turno
Pois durmo num tempo Curto
E ainda Curto o Tempo que Durmo
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Um amor desse jeito
Me dê um Amor
Que quando me Bata no Peito
Me deixe todo sem Jeito
Um xero, um Olhar de Respeito
Um Amor desse Jeito eu Aceito.
4ª carta: Nossas Calçadas
Andando pelas ruas descobri que não há calçadas. Há um local onde as árvores colocam seus pés gigantescos e se acomodam tomando todo o espaço útil. Há um local onde o Lixo tem assento cativo e imutável. Há um banheiro Público a Céu aberto para todos os animais, inclusive nós. Há um lugar para se colocar nossas máquinas automatizadas de quatro rodas que dividem o espaço com muitos de nós que não têm cama, que sequer têm casa. Mas não há um lugar para colocarmos nossos pés e simplesmente andarmos.
Não. Como tudo neste País, nada se utiliza segundo sua Utilidade, mas segundo nossa Pífia e Suja Vontade.
ISSO é Brasil.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Reflexão Diária
Posto que a vida é como vento que passa
E o tempo como o pó que se esvai
E a paixão como chama que se desfaz
Tudo que meu coração deseja é Paz
E o amor que por ti arde e nada mais.
Maria
Te amaria maria
Te amaria com todo meu amor
Maria
Com todo meu amor te amaria
Pois maria
Se o amor é chama
Que ama, maria
Ele também te amaria
Pois o amor é eterno
Maria! Amor é pra sempre!
E eu tenho certeza
Que se ele te conhecesse, te amaria
Mas te amo maria
Tanto que nem com a eternidade posso dividir-te
Pois o amor que sinto, maria
É do tipo que mesmo morrendo te amaria
Até na eternidade
Eu! Eu mesmo te amaria
E não dividiria
Meu amor por ti maria
domingo, 30 de novembro de 2014
Por Pensar
Por pensar no ardor
Que tanto falar almeja
Meu coração que em ti despeja
Esses versos de amor
Pois que ao falar o seja
O amor que a ti deseja
Pensado ao pé da letra
Escrito com gentileza
Pois o verso ali presente
Por certo também sente
O amor que em mim lateja
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Partir e parir
Partir é que nem parir.
A diferença é que num se chega, e noutro se vai.
Num alegria, e noutro tristeza.
Mas parir é que nem partir,
Disso eu tenho certeza
Ontem mesmo pariu
Cumade Dona Tereza
Teve filho adoidado
Tá milhor que realeza
Mas cumade Dona Tereza
Teve três e nun se espante
Ao mesmo tempo Tereza
E noutro tempo gestante
Um, dois e não parou de parir
Disse logo o Vigário
Querendo ser visionário
- Assim ela vai partir
Dito e feito
E disseram que não parecia
Mas parir e partir um dia
Já foram irmãs de respeito
Cabou-se a história do feito
De alguém que teve de partir
Isso logo depois de parir
Me diga se isso tem jeito!?
Seu Vigário
Se na vida seu Vigário
Errou todos os dias
Era só por não saber
Do amor que ela sentia
Mas era que seu Vigário
Tinha fama de otário
Pois pouco se apercebia
Das coisas do dia-a-dia
Desligado seu Vigário
Quando veio a perceber
O amor que ela sentia
Muito tarde se fazia
Só pôde ver a mala
Que na carroça Jazia
Balançando calmamente
Enquanto se despedia
Seu Vigário deu Adeus
Ao amor que nunca ardeu
Em seu peito Desligado
Coitado de seu Vigário
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Aquela Árvore
Dia 26 de Novembro.
Passei por ela e ela nem sequer me notou.
Ficou lá, balançando, se mexendo sem sair do lugar.
Não suportei.
Tive que tirar satisfações.
Disse: Ei! Casca Grossa! Por que fica aí toda paradona?
Ela não respondeu
Os frutos vieram e ela não respondeu
Os frutos se foram e o silêncio ficou
Secou-se e nada falou
Agora só restou essa casca grossa que com o tempo avisou:
Estou a morrer. E por fim se calou.
Passei por ela e ela nem sequer me notou.
Ficou lá, balançando, se mexendo sem sair do lugar.
Não suportei.
Tive que tirar satisfações.
Disse: Ei! Casca Grossa! Por que fica aí toda paradona?
Ela não respondeu
Os frutos vieram e ela não respondeu
Os frutos se foram e o silêncio ficou
Secou-se e nada falou
Agora só restou essa casca grossa que com o tempo avisou:
Estou a morrer. E por fim se calou.
A Vida é dela que é Bela
A vida é bela
Igualzinha a ela
Vive fazendo trela
E é difícil de entender
Ela é que é bela
A vida pra ela
É somente uma tela
Onde ela é a mais bela
A vida é dela
Quem entende é o escritor
Que vive de trela
Pensando em poema de amor.
Igualzinha a ela
Vive fazendo trela
E é difícil de entender
Ela é que é bela
A vida pra ela
É somente uma tela
Onde ela é a mais bela
A vida é dela
Quem entende é o escritor
Que vive de trela
Pensando em poema de amor.
domingo, 23 de novembro de 2014
Muito que lembrar
Eu queria poder ter visto
Através do coração dela
Entendido sua pulsação
Breve canção da vida
E do amor que não sentimos
Queria ter entendido seu jeito
Seus trejeitos
Seu pensamento, seu carinho
Que sem olhar nem beijinho
Meu rosto Acariciava
Esse teu jeito imutável
Que tanto me tirou o sono
Esse teu amor de soslaio
Que passa de ano em ano
Gostava de te gostar
Mas me irritava não saber
Se tu gostava de eu
Ou se eu gostava de Você
sábado, 22 de novembro de 2014
Penso em ti Meu Bem
Te quero meu bem
Posto que em te querer
Desejo o meu bem
Desde cedo penso em você
E não se engane, meu bem querer
Pensando que só penso em ti
Quando o dia raiando vem
Penso em tu, meu bem, no raiar do dia
Penso também na noite vazia
E durante a correria
Que o dia trazendo vem
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Quando a Bela Vira Fera
A bela quando irritada
Vira fera empoleirada
Que muito se há de temer
Pois se a bela que era ela
De repente vira Fera
Tudo pode acontecer.
Vira fera empoleirada
Que muito se há de temer
Pois se a bela que era ela
De repente vira Fera
Tudo pode acontecer.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
A Vida de uma Onda
Ela nasce pequena e frágil, mas logo toma forma e fica alta e robusta e imponente.
E todo o diálogo de sua vida se resume a: - Óh, que belo céu! E que belas águas que me cercam... Mas o céu é o azul de cima ou o de baixo? E o que é o Céu? Huuummm... Espera um pouco! O que sou eu!? Por que estou aqui? De onde vim? Pra onde v..
E se espatifa duramente contra a areia da praia onde sua efêmera vida se esvai.
Algumas delas não têm a chance de divagar tanto a respeito da Vida, do Universo e Tudo o mais, ou por não terem tempo, ou por simplesmente não quererem inserir em tão curto tempo tais pensamentos estressantes. Às vezes é melhor curtir a vida na crista da onda enquanto ela ainda está lá.
P.S.: a ideia do texto foi tirada após não árdua leitura de parte do guia do mochileiro das galáxias.
Qualquer coincidência com sua vida é mera coincidência.
Agradeço a compreensão de todos. Ainda que não compreendam.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Vontade de Escrever
Pois bem, já que não tenho muito o que falar, escreverei.
Sim.
Este ato se baseia na simples vontade que move a essência interior em direção a este teclado de teclas pretas com caracteres brancos.
A vontade que leva à ação.
Ação de Escrever.
Mas pra que escrever tanto durante uma tarde de Sol? Você pode perguntar. E eu Responderei! Sim! Responderei. Porque a resposta faz parte da pergunta, assim como o agir faz parte da vontade. Vontade de Escrever. Escrever a Resposta que não escrevi. Pois perdi a vontade.
=D
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Se Fores Me Esquecer
Se fores me esquecer
Me esquece bem devagarinho
Espera o dia amanhecer
E o sol sair de fininho
Ou se for inverno
Espera uma flor crescer
Faça um calendário interno
Antes de me esquecer
Peço que conforme o tempo avance
E as estações se aproximem
Eu possa lhe ser importante
Mais do que as palavras exprimem
Pois se demorar pra me esquecer
Talvez, não sei, dentro de você
Eu mesmo venha a permanecer
Ainda que venha a me esquecer
terça-feira, 28 de outubro de 2014
A Você, um Bom Dia
Hoje, meus queridos, estava assentado, ou melhor, enquanto ainda estou assentado escrevendo este texto, aconteceu o motivo do mesmo.
Surgiu aqui um ser, se masculino ou feminino me recuso a dizer, que dobrou a esquina e me viu. Não me conhecia este ser, mas me olhou, e minha atitude imediata, logo após perceber os olhos que me perscrutavam, foi de afastar os meus e olhar para essa tela que agora com sua luminosidade agride os seus olhos.
De olho em olho prosseguiremos.
Então pensei, Por quê não falei com ela (a pessoa)? Por quê? Daí lembrei-me de fatos curiosos que me ocorreram após meu ingresso à Universidade. Fatos que, obviamente, envolvem pessoas como você e eu. Lembrei-me que era uma pessoa sociável ao ponto da irritância. Digo, se você passasse por mim em qualquer lugar e olhasse em minha direção, ainda que não diretamente pra mim, eu falaria com você, nem que fosse um mísero "Bom dia" sem graça.
No entanto, Quando adentrei aos Portais Acadêmicos tudo mudou.
- Bom dia! - Dizia com esperança.
Nem um olhar, nem um sorriso. Não nenhum, mas Nem Um.
Após certa insistência algumas almas caridosas ainda olhavam, balançavam a cabeça e seguiam.
Achei que a "atitude da Lagartixa" talvez fosse a correta aquele tempo todo! Talvez por isso me ignoravam...
Tornei-me uma Lagartixa Compulsiva. Olhou pra mim balanço a cabeça.
Continuei sendo deliberadamente ignorado, veja você!
Mas querido leitor, não tenha pena de mim, por favor. Já deixei a Lagartixa de lado há algum tempo.
Mas como ia dizendo, me ignoraram, e com a ignorância conheci um mundo para o qual não estava preparado, o mundo da solitude. O qual forçosamente me ensinou a ser igual aos ignoradores. Não os culpo mais como antes. Eu fui o ser que acabou por Ceder. Deveria ter continuado. Mas tudo e todos me pediam pra parar. Então Parei. Cedi.
Hoje a "atitude do gato" reina vitoriosa.
Se me olham, meus olhos e meu corpo se recusam a olhar de volta. Eu sei que eles estão ali. Os olhos curiosos que me observam. Mas não me importo realmente com eles. Passo sempre desinteressado, como quem não quer nada.
Por isso Sinto Saudades do Velho Mundo. Quando nos unimos para ser sociedade. Para vivermos em conjunto e juntos compartilharmos nossas alegrias, tristezas, sonhos e fantasias. Que Saudade de um Bom dia.
Surgiu aqui um ser, se masculino ou feminino me recuso a dizer, que dobrou a esquina e me viu. Não me conhecia este ser, mas me olhou, e minha atitude imediata, logo após perceber os olhos que me perscrutavam, foi de afastar os meus e olhar para essa tela que agora com sua luminosidade agride os seus olhos.
De olho em olho prosseguiremos.
Então pensei, Por quê não falei com ela (a pessoa)? Por quê? Daí lembrei-me de fatos curiosos que me ocorreram após meu ingresso à Universidade. Fatos que, obviamente, envolvem pessoas como você e eu. Lembrei-me que era uma pessoa sociável ao ponto da irritância. Digo, se você passasse por mim em qualquer lugar e olhasse em minha direção, ainda que não diretamente pra mim, eu falaria com você, nem que fosse um mísero "Bom dia" sem graça.
No entanto, Quando adentrei aos Portais Acadêmicos tudo mudou.
- Bom dia! - Dizia com esperança.
Nem um olhar, nem um sorriso. Não nenhum, mas Nem Um.
Após certa insistência algumas almas caridosas ainda olhavam, balançavam a cabeça e seguiam.
Achei que a "atitude da Lagartixa" talvez fosse a correta aquele tempo todo! Talvez por isso me ignoravam...
Tornei-me uma Lagartixa Compulsiva. Olhou pra mim balanço a cabeça.
Continuei sendo deliberadamente ignorado, veja você!
Mas querido leitor, não tenha pena de mim, por favor. Já deixei a Lagartixa de lado há algum tempo.
Mas como ia dizendo, me ignoraram, e com a ignorância conheci um mundo para o qual não estava preparado, o mundo da solitude. O qual forçosamente me ensinou a ser igual aos ignoradores. Não os culpo mais como antes. Eu fui o ser que acabou por Ceder. Deveria ter continuado. Mas tudo e todos me pediam pra parar. Então Parei. Cedi.
Hoje a "atitude do gato" reina vitoriosa.
Se me olham, meus olhos e meu corpo se recusam a olhar de volta. Eu sei que eles estão ali. Os olhos curiosos que me observam. Mas não me importo realmente com eles. Passo sempre desinteressado, como quem não quer nada.
Por isso Sinto Saudades do Velho Mundo. Quando nos unimos para ser sociedade. Para vivermos em conjunto e juntos compartilharmos nossas alegrias, tristezas, sonhos e fantasias. Que Saudade de um Bom dia.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
O Guia do Mochileiro das Galáxias - Não é uma Resenha, mas é...
Olá pessoal! Como vão vossos intelectos soberbos e vossas paciências finitas?
Venho aqui, após o que considero muito tempo, para falar um pouco sobre a vida.
É isso mesmo. A vida.
Ando lendo um livrinho muito altivo e engraçadíssimo que se chama (Sim, ele "se chama"): O Guia do Mochileiro Das Galáxias.
Trata-se do livro mais sarcástico que já pude ler até hoje em minha pequena existência. Sei que muitos de vocês, seres belos e evoluídos, muito já leram e provavelmente têm melhores exemplos para dar, mas singelamente convido-vos para esse mundinho desconexo e improvável, criado pelo gênio Douglas Adams, de cujas crenças ou descrenças não compartilho, mas me divirto. Este é um Livro sobre a Vida, o Universo e Coisas Mais.
E a vida, meu querido escritor de cujas letras me aproximo e logo me afasto após perceber que fazem pouco sentido?
Vai bem, obrigado.
Venho aqui, após o que considero muito tempo, para falar um pouco sobre a vida.
É isso mesmo. A vida.
Ando lendo um livrinho muito altivo e engraçadíssimo que se chama (Sim, ele "se chama"): O Guia do Mochileiro Das Galáxias.
Trata-se do livro mais sarcástico que já pude ler até hoje em minha pequena existência. Sei que muitos de vocês, seres belos e evoluídos, muito já leram e provavelmente têm melhores exemplos para dar, mas singelamente convido-vos para esse mundinho desconexo e improvável, criado pelo gênio Douglas Adams, de cujas crenças ou descrenças não compartilho, mas me divirto. Este é um Livro sobre a Vida, o Universo e Coisas Mais.
E a vida, meu querido escritor de cujas letras me aproximo e logo me afasto após perceber que fazem pouco sentido?
Vai bem, obrigado.
sábado, 25 de outubro de 2014
Façum Pedestal pra Ela
Eu falei pro carpinteiro
Que até constroi capela
Que fizesse por inteiro
Um grande pedestal pra ela
Ela merece, essa menina
Sabe que só falam dela
Por sinal, me faça um favor
Faça um pedestal pra ela
Já repeti tantas vezes
Tal e coisa e coisa e tal
Mas me diga por favor
Se está pronto o pedestal
Pra a menina tão bonita
Cuja beleza merece uma tela
Por favor, não resista
Faça um pedestal pra ela
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
A Menina que Roubava Livros - Resenha
Pois bem meus queridos e queridas, acabei por findar mais um livro. E sempre que termino uma boa leitura fico com os dedos coçando para escrever sobre ela. Então, sem mais delongas, vamos roubar algumas palavras e colocá-las logo abaixo. Que me diz, leitor?
Liesel Meminger é o nome desta pimpolha sofredora que te fará sorrir, chorar, se irritar e emocionar. E que junto com seus pais adotivos, seu melhor amigo e um Judeu, farão com que você sorria, chore, se irrite e se emocione tudo de novo. Essa estória começa com a morte e termina com as palavras de uma roubadora de livros.
O contexto, também, não poderia ser mais emocionante e tenso do que o da 2ª Guerra Mundial. Com seus Nazistas, Alemães, Judeus e cidadãos mal encarados, todos sedentos por palavras. Palavras que para alguns representavam vitória e libertação e para outros prisão e morte.
Sim, leitor, este livro é sobre palavras. Não sobre Liesel, Rudy, Hans, Rosa ou Max. Nem sobre os vizinhos mau encarados. Não é sobre Hitler e os Judeus. Nem sobre a Segunda Grande Guerra.
Este é um livro sobre o poder das Palavras.
E eu posso garantir, que ao findar a leitura, assim como eu e uns tantos milhões, você sentirá na pele e nos olhos a força que elas têm.
Palavras capazes de mudar as vidas de todas essas pessoas. Que mudaram o Mundo. Palavras que interferiram na "vida" da Morte. A ponto de fazê-la parar seu incansável trabalho por uns instantes para contar essa história.
Uma história de uma Sacudidora de Palavras. Uma Menina que Roubava livros.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Sem Sentido - Tudo bem? :)
- Tudo bem?
- Hum? - Disse o senhor ao lado com estranheza.
- Eu disse: Tudo bem?
O quarentão soltou ar pelas narinas com desprezo, levantou-se e foi sentar-se em outro lugar qualquer distante daquele homem mal educado que teve a ousadia de perguntar se estava bem. Mesmo sem conhecê-lo.
- Tudo bem?
- Como? - Disse a humilde velhinha que acabara de sentar ao seu lado.
- Pergunto se vai tudo bem com a senhora. - Disse o rapaz sorrindo.
- Aah, sim meu jovem. Vai tudo bem. E com você?
O rapaz parou, olhou para aquela senhora, fez cara de poucos amigos franzindo a testa, e foi embora.
O barulho dos trilhos rangendo sob o peso da locomotiva parecia inquietante demais.
Logo...
- Tudo bem?
Uma moça de seus 17 anos encontrou um lugar adequado para descansar seus pés desgastados por terem que carregá-la o dia todo.
- Desculpe? - Disse a jovem à velhinha retirando o fone do ouvido esquerdo.
- Aaah! - Murmurou a senhorinha com raiva.
Foi em direção a um assento vazio ao lado do quarentão, enquanto o primeiro curioso voltava a seu assento que agora repousava vazio ao lado de uma bela jovem.
Cada um dirigiu seu olhar impaciente à pessoa ao lado.
- Sim. Tudo bem.
- Hum? - Disse o senhor ao lado com estranheza.
- Eu disse: Tudo bem?
O quarentão soltou ar pelas narinas com desprezo, levantou-se e foi sentar-se em outro lugar qualquer distante daquele homem mal educado que teve a ousadia de perguntar se estava bem. Mesmo sem conhecê-lo.
- Tudo bem?
- Como? - Disse a humilde velhinha que acabara de sentar ao seu lado.
- Pergunto se vai tudo bem com a senhora. - Disse o rapaz sorrindo.
- Aah, sim meu jovem. Vai tudo bem. E com você?
O rapaz parou, olhou para aquela senhora, fez cara de poucos amigos franzindo a testa, e foi embora.
O barulho dos trilhos rangendo sob o peso da locomotiva parecia inquietante demais.
Logo...
- Tudo bem?
Uma moça de seus 17 anos encontrou um lugar adequado para descansar seus pés desgastados por terem que carregá-la o dia todo.
- Desculpe? - Disse a jovem à velhinha retirando o fone do ouvido esquerdo.
- Aaah! - Murmurou a senhorinha com raiva.
Foi em direção a um assento vazio ao lado do quarentão, enquanto o primeiro curioso voltava a seu assento que agora repousava vazio ao lado de uma bela jovem.
Cada um dirigiu seu olhar impaciente à pessoa ao lado.
- Sim. Tudo bem.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
2ª meia da Terceira do Maníaco
Bem. Aqui estamos nós. De novo.
Você deve estar impaciente.
Deve!
Mas somos amigos, certo? Espero que essas cartas tenham nos aproximado.
Mas voltando ao nosso velho tema.
Simples.
Simples é aquilo que fazemos por fazer sem ter algo melhor do que o simples trabalho de fazermos.
Espero que essa frase os mantenha ocupados por um tempo enquanto eu continuo em minhas divagações. Vocês merecem! Eu mesmo passei um tempo pra entendê-la depois de escrita. Essa minha cabeça parou de falar. Agora só sabe cuspir tudo e eu que me vire depois pra organizar.
Mas bem.
Simples é o trabalho prazeroso, O assunto bem estudado, o texto bem elaborado. Simples somos você e eu. Tão simples que somos parecidíssimos. Por exemplo, aposto que está entediado com esse texto assim como eu, mas nem por isso parará de ler, eu espero.
Então, afinal. O que é simples?
Vou contar em poucas palavras.
Simples é tudo o que fazemos com alegria. Alegria é o que temos quando fazemos coisas simples.
Então o simples é o que nos define. Quando somos nós mesmos, quando fazemos o que nascemos pra fazer, então somos simples. Pois tudo é simples quando tudo é bom. Tudo é bom, quando é simples. Simplesmente isso.
Você deve estar impaciente.
Deve!
Mas somos amigos, certo? Espero que essas cartas tenham nos aproximado.
Mas voltando ao nosso velho tema.
Simples.
Simples é aquilo que fazemos por fazer sem ter algo melhor do que o simples trabalho de fazermos.
Espero que essa frase os mantenha ocupados por um tempo enquanto eu continuo em minhas divagações. Vocês merecem! Eu mesmo passei um tempo pra entendê-la depois de escrita. Essa minha cabeça parou de falar. Agora só sabe cuspir tudo e eu que me vire depois pra organizar.
Mas bem.
Simples é o trabalho prazeroso, O assunto bem estudado, o texto bem elaborado. Simples somos você e eu. Tão simples que somos parecidíssimos. Por exemplo, aposto que está entediado com esse texto assim como eu, mas nem por isso parará de ler, eu espero.
Então, afinal. O que é simples?
Vou contar em poucas palavras.
Simples é tudo o que fazemos com alegria. Alegria é o que temos quando fazemos coisas simples.
Então o simples é o que nos define. Quando somos nós mesmos, quando fazemos o que nascemos pra fazer, então somos simples. Pois tudo é simples quando tudo é bom. Tudo é bom, quando é simples. Simplesmente isso.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Metamorfose - Frans Kafka
Nesta versão de terror de “Vida de inseto”, a Humanidade é retratada sob a ótica de um dos tais. Sob a ótica, analogicamente, de um invalidado. De alguém que ao dormir Tinha "tudo" e que ao acordar ainda Tinha, só não mais Era. E por não ser, não tinha. Não era mais homem, era um ser nojento, de aparência asquerosa. Que tinha consciência, mas não aparência. E por não ter, não Era.
Um dia o Jovem dormiu. Acordou-se atrasado para o trabalho, problema gravíssimo! Logo viriam buscá-lo, o que seria uma vergonha para ele e sua família. Mas algo estranho aconteceu.
Ele tenta com todas as forças se levantar, mas não consegue. Tenta entender aquela situação, aquela sensação estranha. Aquelas patas horrendas, aquela impossibilidade de movimentar-se com rapidez para fazer as tarefas do dia. Achava que estava sonhando, ou tendo um pesadelo. Mas não. Aquilo tudo era real. Aquela era sua nova vida, ele só não sabia disso ainda.
Todos o impeliam a que saísse de seu quarto. Que retomasse as rédeas da vida. Mas não podia. Tudo estava mudado. Não era mais o homem de antes. Era outra coisa. Uma coisa Abominável.
Todos o impeliam a que saísse de seu quarto. Que retomasse as rédeas da vida. Mas não podia. Tudo estava mudado. Não era mais o homem de antes. Era outra coisa. Uma coisa Abominável.
Após toda a comoção de tentativas infrutíferas para fazê-lo sair, ele finalmente consegue abrir a porta com sua nova anatomia repulsiva. E encontra um mundo que não o reconhece mais. Um mundo em que ele, por não ser, não tinha. E Que, por não ter, não era.
3ª Carta de um Maníaco
Olá! Seres rupestres. Criaturas Monótonas. Nômades Sedentários.
O tema que vos trago nesta feita é simples.
Isso mesmo. Simples.
Igual ao texto que escrevo agora. Bem Simples, simples até demais.
Você deve estar se perguntando (porque se não está, deveria) - Onde afinal está o tema, seu inveterado!?
Exatamente meu amado e ávido leitor! Onde? Talvez na Simplicidade deste texto, talvez na humildade e singeleza de sua pífia imaginação.
Mas não. Brinco-vos!
É simples.
O texto é simples. E esse é o nosso tema.
O tema que vos trago nesta feita é simples.
Isso mesmo. Simples.
Igual ao texto que escrevo agora. Bem Simples, simples até demais.
Você deve estar se perguntando (porque se não está, deveria) - Onde afinal está o tema, seu inveterado!?
Exatamente meu amado e ávido leitor! Onde? Talvez na Simplicidade deste texto, talvez na humildade e singeleza de sua pífia imaginação.
Mas não. Brinco-vos!
É simples.
O texto é simples. E esse é o nosso tema.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Nordeste
Pense que no Nordeste
Vive um povo Contente
Somos tudo cabras da peste
Temos Coração Valente
Temos povo bem sufrido
Que vez por outra tem fome
Mesmo assim é muito unido
Tira do seu e diz - Tome!
Digo isso pois meu Brasil
Essa terra de orgulho Fervente
Cheia de gente gentil
Nos rejeita de forma insistente
A pátria que tanto amamos
Se esquece de quem construiu
Esse orgulho de que falamos
Desse povo tão Gentil
Pois Suou o Nordestino
Deixou seu cantinho febril
Pra Construir o Destino
Da Pátria amada Brasil
Mas Hoje xingam diariamente
Esse povo já tão lavrado
Falam do sutaque da gente
E o Nordestino só calado!
Agora imagine o Latido
Que ia ser com a gente
"O Brasil dividido
E o Nordeste independente".
Vive um povo Contente
Somos tudo cabras da peste
Temos Coração Valente
Temos povo bem sufrido
Que vez por outra tem fome
Mesmo assim é muito unido
Tira do seu e diz - Tome!
Digo isso pois meu Brasil
Essa terra de orgulho Fervente
Cheia de gente gentil
Nos rejeita de forma insistente
A pátria que tanto amamos
Se esquece de quem construiu
Esse orgulho de que falamos
Desse povo tão Gentil
Pois Suou o Nordestino
Deixou seu cantinho febril
Pra Construir o Destino
Da Pátria amada Brasil
Mas Hoje xingam diariamente
Esse povo já tão lavrado
Falam do sutaque da gente
E o Nordestino só calado!
Agora imagine o Latido
Que ia ser com a gente
"O Brasil dividido
E o Nordeste independente".
domingo, 5 de outubro de 2014
Liberdade - Primeira Parte
Liberdade! Grita o Poeta.
Liberdade... Pensa o Filósofo.
Liberdade. Fala o ser que vos escreve.
Meus amigos astronautas da internet. Piratas desses
mares corrompidos. Desbravadores dessa imensidão cibernética. Presos a esta teia de liberdade de informação. É a vocês que me
dirijo agora, para falar sobre isto. Liberdade. Sejam bem-vindos a essa loucura
sem limites.
Liberdade, na opinião deste pequeno gafanhoto, é algo
que falamos sem saber o que é. Mas sabemos o que ela não é. Pois, ainda sob o meu ver, Ninguém é
realmente livre.
Você aí sentado nesta cadeira, por exemplo, pode ser
o motivo do meu texto.
Pode ser o motivo de sabermos o que é não ser livre.
Mas não se desespere, por favor, não se levante ou
tente disfarçar que não está preso a este objeto que tão bem acomoda suas
nádegas.
Sabemos que não é ele exatamente que te prende, não é? Ele
é apenas parte da trama. É o sujeito que segura a vítima para que o real
assassino faça seu trabalho. Pois bem. Eis que lhes mostro a saída dessa prisão
para uma mais confortável.
Seu nome é controverso, pois ele mesmo é o tema de
que tratamos. Seu nome é a Liberdade escrita com J. É a prisão que você sempre
sonhou. Digo prisão, mas estar preso a ele é um prazer, um privilégio, uma
liberdade.
- Ora querido dedilhador de teclas aleatórias! – Você
pode dizer - O que pensa que está fazendo? Acha que não sei de quem está falando? Vai mesmo falar desse homem?
Senhor leitor, peço paciência e alta tecnologia de sua parte.
Pois Quero e, com todo o respeito, Vou falar sobre ele. Pode parar
de ler esta teia de palavras desconexas agora, se quiser. Mas tem uma coisa que
você, querido Desbravador, vai querer saber.
O que é estar livre enquanto está preso?
Preso nessa prisão.
Prisão com J de Liberdade.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Cartas a Um Soldado Esquecido - Parte 6
Jeniffer Deixou a Base Aérea de Canoas às 07:00.
Uma parte de sua mente estava paralisada, em choque, com medo enquanto ela caminhava até o carro. Noutra parte distante, longínqua, soava uma música que ouvira na igreja no culto de Domingo.
Bem aventurado aquele, que teme ao Senhor
E confia perpetuamente em seu poder
E medita de dia e de noite
Noite e dia sem fim
Apressou o passo conforme a angústia crescia dentro dela. E a música continuava.
Sua casa edificada sobre a rocha
Não existe vendaval pra destruir
E a família que habita dentro dela
No Senhor espera
Entrou no carro, sentou-se, pôs o cinto de segurança, ligou o veículo, baixou a cabeça sobre o volante duro e chorou enquanto aquela parte distante de sua mente chegava até ela e se apresentava a seu coração como um refúgio seguro e certo. E começou a cantar em meio a tristeza:
Espera no Senhor sem desistir
Na certeza que ele não falha
Tudo ele já preparou
Seu amor nunca mudou
Espera no Senhor sem desistir
Seu amor nunca mudou.
As lágrimas caiam-lhe mornas sobre as bochechas rosadas.
Ela cantou e chorou até ouvir uma voz suave, viva e presente falando ao seu ouvido:
"Não te Preocupes minha filha - Disse a voz calma e serena, como um riacho de águas claras que em paz desce a montanha selvagem. - Cuidarei dele. Ele é meu, filha. E os meus quero alcançar."
Chorou. Não como antes, Não de medo. Pois uma paz imensurável inundou seu coração.
Aquela voz, trazia Paz em meio a Guerra.
Uma parte de sua mente estava paralisada, em choque, com medo enquanto ela caminhava até o carro. Noutra parte distante, longínqua, soava uma música que ouvira na igreja no culto de Domingo.
Bem aventurado aquele, que teme ao Senhor
E confia perpetuamente em seu poder
E medita de dia e de noite
Noite e dia sem fim
Apressou o passo conforme a angústia crescia dentro dela. E a música continuava.
Sua casa edificada sobre a rocha
Não existe vendaval pra destruir
E a família que habita dentro dela
No Senhor espera
Entrou no carro, sentou-se, pôs o cinto de segurança, ligou o veículo, baixou a cabeça sobre o volante duro e chorou enquanto aquela parte distante de sua mente chegava até ela e se apresentava a seu coração como um refúgio seguro e certo. E começou a cantar em meio a tristeza:
Espera no Senhor sem desistir
Na certeza que ele não falha
Tudo ele já preparou
Seu amor nunca mudou
Espera no Senhor sem desistir
Seu amor nunca mudou.
As lágrimas caiam-lhe mornas sobre as bochechas rosadas.
Ela cantou e chorou até ouvir uma voz suave, viva e presente falando ao seu ouvido:
"Não te Preocupes minha filha - Disse a voz calma e serena, como um riacho de águas claras que em paz desce a montanha selvagem. - Cuidarei dele. Ele é meu, filha. E os meus quero alcançar."
Chorou. Não como antes, Não de medo. Pois uma paz imensurável inundou seu coração.
Aquela voz, trazia Paz em meio a Guerra.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
2ª Carta de Um Maníaco.
Eis um tema controverso e pouco discutido. O recenseamento.
Recenseamento é, querido leitor, aquele negócio que o governo faz de tempos em tempos para contar a população. Exatamente. Contar quantos brasileirinhos e brasileirinhas povoam os metros quadrados de nosso Brasil baronil.
E pra que serve isso?
Ora meu querido... Por que você conta? Por que começamos a contar?
EU conto para ter uma dimensão daquilo que estou contando. Conto para me administrar. Conto pra não ter que contar. Conto pra saber.
Se você tem muitos livros, é normal que queira organizá-los de forma coerente. Mas pra isso é necessário saber quantos livros tem, quanto espaço vai usar pra eles, quanto tempo demorará pra ler ou quanto tempo precisa para ler, e por aí vai.
Sempre contamos, sempre vamos contar. Isso nos ajuda a ter controle sobre as coisas que estão sob nossa administração. Contar, leitor, é Poder.
Da mesma forma, ledor, o Estado precisa nos contar. Ele precisa saber quantos de nós, energúmenos, estão aqui embaixo esperando por alguma atitude sensata. Nos contam para nos dominar melhor, ou para "cuidar" melhor de nós.
Espero que entenda o que quero dizer. Caso não, então por favor não prossiga na leitura, isso poupará alguns desses seus neurônios que você não pode contar.
Caso entenda, prossiga.
Nos contam.
Você é um número especial, pois precisa de cuidados. Um número dentre tantos outros. Somos 200 milhões de números afinal. Cada um com sua plaquinha, sua carteirinha, sua fichinha, esperando ser chamado.
Eles já nos contaram leitor! Não dá pra fugir. Você é só um número. Não se iluda. Apenas um número.
O meu já ultrapassa os milhões. Sou feliz pelo meu número. Já posso dirigir uma caixa de metal que obtive através da troca de alguns papéis coloridos, já posso ficar doente e ser atendido em um hospital com mais números do que minha paciência e consciência ousam contar. Somos números felizes afinal. Não somos?
Mas e se não pudessem nos contar? Imagina só.
Acho que vou impedir que me contem. O que acha? Será uma bagunça. Sem números sou algo diferente não é? O que sou quando não sou um número?
Acabei de contar. Sou apenas 1.
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Cartas a um Soldado Esquecido - Parte 5
O C-130 Hércules que transportava o Sargento pousou.
A armadura de aço abriu sua comporta e logo todos estavam de pé observando a rampa de descida que os levava para fora.
O Sargento se posicionou à frente e foi o primeiro a pisar em solo Amazonense.
O ar que muitos desconhecidos respiraram estava abafado e o calor era latente debaixo de toda aquela indumentária que utilizavam. Algo mais que era notável, o cheiro. O cheiro das árvores e da grama.
Todos saíram do Avião como num coro, sempre erguendo uma das mãos sobre o rosto para aplacar a luz do sol que lhes ofuscava; e logo que punham seus pés em solo firme respiravam fundo a fragrância da natureza.
Tudo estava bem. Não se diria que era uma guerra não fosse pelo movimento irrequieto e contínuo dos Regimentos que passavam continuamente em direção a helicópteros e caminhões que os levaria ao Campo de Batalha. Blindados com suas Lagartas no lugar dos pneus e hélices no lugar do para-choque abriam caminho pela mata densa. Caças abriam caminho pelos ares para os helicópteros que vinham rasgando o silêncio. Ao longe o som de disparos sem fim.
Jonas continuou andando, acompanhando seu Regimento até a ala de dormitórios recém desocupada pelos soldados que já não vivem mais. O lugar já estava sujo e um odor azedo fazia questão de ocupar cada centímetro cúbico de ar. Ventiladores de teto espalhavam o calor e o mal cheiro pelo ambiente. Beliche número 72. Cama de baixo.
Jon deitou-se, passou um tempo olhando pra cima, e dormiu.
Um sono sem sonhos.
21:30.
Acordou-se de supetão quando um jovem Cabo entrou no dormitório e gritou seu nome.
- Não sabe perguntar moleque? - Disse Jon enquanto erguia seu tronco da cama para logo depois se abaixar e pôr o coturno. - Sabe que poderia perguntar a um dos recrutas que vieram comigo, não sabe? - Falou com certo resquício de raiva no tom grave de sua voz.
- Desculpe Senhor - Disse o moço com receio - Mas o Coronel mandou chamá-lo com extrema urgência.
- O que foi agora?
- Não me disse Senhor. Apenas disse que viesse buscá-lo e não retornasse sem o Senhor. - Expressou-se o Cabo, agora em postura ereta, com a cabeça erguida e em posição de sentido.
- Descansar Cabo. Descansar... - Falou Jon com ar soturno enquanto punha seu Quepe e deixava o local.
- Sargento Jonas Park, Senhor. - Uma voz informou.
Jonas entrou na sala de comando.
- Sargento. Não tenho tempo para apresentações. Nossos radares identificaram um grupo, que pensamos ser de aeronaves inimigas, se deslocando nesta direção. Sua missão é simples. Interceptar a frota inteira. Estou mandando dois dos meus melhores pilotos com você. Não nos decepcione rapaz.
- Sim Senhor, Coronel.
- Mais uma coisa. Já entrei em contato com a torre de Porto Alegre. - O Coronel acionou um botão que instantaneamente criou um zumbido estranho até que surgisse uma voz.
- Aos ares rapazes. Tenho vocês comigo. Não se preocupem. E lembrem-se, Pés no chão, olhos nos Ares. - Era a voz de Eliel Sold.
Os três fizeram um murmúrio de concordância e seguiram para as aeronaves.
21:50.
Três homens alçaram voo. Rumo ao destino incerto.
Jon deitou-se, passou um tempo olhando pra cima, e dormiu.
Um sono sem sonhos.
21:30.
Acordou-se de supetão quando um jovem Cabo entrou no dormitório e gritou seu nome.
- Não sabe perguntar moleque? - Disse Jon enquanto erguia seu tronco da cama para logo depois se abaixar e pôr o coturno. - Sabe que poderia perguntar a um dos recrutas que vieram comigo, não sabe? - Falou com certo resquício de raiva no tom grave de sua voz.
- Desculpe Senhor - Disse o moço com receio - Mas o Coronel mandou chamá-lo com extrema urgência.
- O que foi agora?
- Não me disse Senhor. Apenas disse que viesse buscá-lo e não retornasse sem o Senhor. - Expressou-se o Cabo, agora em postura ereta, com a cabeça erguida e em posição de sentido.
- Descansar Cabo. Descansar... - Falou Jon com ar soturno enquanto punha seu Quepe e deixava o local.
- Sargento Jonas Park, Senhor. - Uma voz informou.
Jonas entrou na sala de comando.
- Sargento. Não tenho tempo para apresentações. Nossos radares identificaram um grupo, que pensamos ser de aeronaves inimigas, se deslocando nesta direção. Sua missão é simples. Interceptar a frota inteira. Estou mandando dois dos meus melhores pilotos com você. Não nos decepcione rapaz.
- Sim Senhor, Coronel.
- Mais uma coisa. Já entrei em contato com a torre de Porto Alegre. - O Coronel acionou um botão que instantaneamente criou um zumbido estranho até que surgisse uma voz.
- Aos ares rapazes. Tenho vocês comigo. Não se preocupem. E lembrem-se, Pés no chão, olhos nos Ares. - Era a voz de Eliel Sold.
Os três fizeram um murmúrio de concordância e seguiram para as aeronaves.
21:50.
Três homens alçaram voo. Rumo ao destino incerto.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Carta de Um Maníaco
Hoje estava caminhando pelas ruas decrépitas de minha
cidade, aspirando o odor estonteante das calçadas repletas de lixo e dos
esgotos que são como pessoas que necessitam de atenção, pois fazem de tudo para
serem notados.
Daí lembrei-me da Célebre frase que ouvi de diversos seres
humanos um tempo atrás, “Este lugar Fede”. Não é que não ame minha capital,
querido leitor, é que não sou o único a expor esta frustração. Não é que negue
a beleza e a importância histórica deste lugarzinho quente. É só que “Fede”. E
quanto a isto, não há nada que você, ou outro alguém qualquer, possa me
convencer contrariamente.
Mas também há algo aqui que você não encontrará em qualquer
outro lugar dessa esfera azul-esverdeada. As pontes, o povo, o calor, as
praias, os rios, a gente, a fé dessa gente, o fervor revolucionário, ebulitivo
e histórico desse povo, o mal cheiro das ruas, as desigualdades sócio-econômicas,
a má educação, a boa educação. Há também os ônibus, mas esses merecem um livro
próprio para descrever suas situações grotescas e pitorescas e por que não, sua
própria conformação desmiolada de passageiros.
É nesse lugar que eu vivo, e vive um número considerável de
Brasileiros e Brasileiras que levantam-se todos os dias desejando o fim do mesmo.
Não digo que eles desgostam de sua vida em uma sociedade extremamente
patriarcalista, machista e religiosa, não. Eu mesmo, como cidadão dessas ruas
decrépitas, tenho um pouco de cada coisa. Mas a cultura deste lugar fedorento
as vezes cheira tão mal quanto o próprio. Somos falsos religiosos, somos preconceituosos,
pouco humildes e acho que isso já diz basicamente tudo sobre nós.
Observei a situação e fiquei pensando na capacidade de mudar
das pessoas. A potencialidade da mudança de alguém. Ora, realmente acredito
numa transformação do interior para o exterior. Então um dia pensei: O povo é a
matéria viva da cidade. Se o povo muda, a cidade muda. Então decidi. Mudarei a
mim e ao meu próximo. O maior problema é que dão a ele a possibilidade de
pensar, de escolher. Tirarei isso deles, farei deles como eu. Chamei essa
teoria de “Na Forma da Forma”. Fiz. Agora as ruas não cheiram mal. Apenas eu.
Mas ninguém percebe. Eles sabem que ao olhar pra mim, será a imagem deles que
surgirá. Pois já todos são eu. Agora todos fedem, e a cidade cheira bem.
Cartas a um Soldado Esquecido - Parte 4
Ao escrever, perdeu a noção do tempo.
Pensava, não estou disposta a deixar meu Deus. Mas ainda posso mostrar o quanto Ele é bom.
Escreveu as Cartas com avidez. As palavras pareciam brotar de suas mãos trêmulas. A mão na Pena, a Pena na tinta, a Tinta no Papel e no Papel uma infinidade de palavras que vinham de locais desconhecidos por ela. Havia algo de diferente naquela manhã. Havia algo maior do que ela, maior do que seu sentimento.
Eram 06:05 da manhã. Os dois estavam distantes, separados por Quilômetros de Estrada. Ela encontrou uma pequena caixa de madeira fina, que abria como uma boca, e que havia comprado há pouco para colocar alguns objetos pessoais. Estava numa estante na sala de estar, logo ao lado da entrada da cozinha. Tomou rapidamente a caixa e pôs um livro dentro e embaixo do livro, as cartas. Tomou o cadeado, inscreveu algo nele com a ponta da chave do carro e trancou.
Correu para o veículo. Eram 06:15 da manhã e ela deveria se apressar. Foi o mais rápido que pôde. Chegou lá às 06:27, a tempo de encontrar com um velho amigo do casal, melhor amigo de Jonas. Capitão Eliel Sold, Comandante do 2º RAB.
- Eli! Eli! - Começou a gritar com desespero quando o viu ainda na área comum, visto que todos já haviam deixado aquela área e se encaminhado aos transportes.
- Jeniffer? - Disse Eliel com certo espanto ao vê-la ali.
- Oi! Olha... Não me leve a mal, mas preciso entregar isto a Jonas. - Disse apressadamente e ofegante devido a corrida. Apresentou a caixa raquítica.
- Ao Jon? Mas... - Falou com incerteza.
- Sim Eli! Não me pergunta nada... Por favor! Me deixa passar! - Disse. Os olhos marejados e suplicantes.
- Não posso Jeniffer... Até quero. Mas olha toda essa gente. - Disse apontando para as inúmeras famílias presentes ali para dar um último adeus a seus bravos soldados.
Ela olhou ao redor. Aquela multidão. Todos estavam ali por aqueles que amavam. Aqueles que lhe fariam mais falta do que agora podiam imaginar. Mas ela havia se atrasado, e já era tarde. E foi essa consciência que a fez chorar amargamente. Seu rosto branco se tornou de um vermelho forte. Sua mão subiu até a boca para tapar o amargor que vinha de dentro dela, algo que lhe embrulhava o estômago e não encontrava palavras para se expressar. As lágrimas vieram logo depois.
06:30. O rugir das turbinas arrancou-a do torpor.
- Jeniffer... Olha. Eu não posso te deixar entrar. Mas posso ao menos fazer alguma coisa por vocês? - Disse Eliel estendendo a mão e pondo-a num de seus ombros.
- Pode entregar isso a ele..? - Disse ela enxugando as lágrimas já abundantes em seu rosto.
- Posso sim. - Disse Eliel tirando vagarosamente a caixa das mãos trêmulas de Jeniffer. - Posso fazer isso agora mesmo. Tenho que alcançá-lo. Você vai ficar bem?
- Vou sim... Só entrega a ele... E não diz que fui eu quem mandou. Diga apenas que é "Pras horas difíceis".
- Tá bem. - Disse Eliel enquanto se afastava Dela e ia ao encontro Dele.
Ela observava enquanto Eli ia embora. Baixou a cabeça Tentando se despedir do marido. Como se mesmo distante ele pudesse sentir que ela o amava. Que estava ali por ele. E essa era a maior prova de seu amor. O próprio amor que sentia.
- "Ei! Sargento!" E foi assim que tudo começou.
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