Numa manhã chuvosa de Sábado, acorda o senhor Park. Sargento Park. Ele se levanta de sua cama, sente o chão frio, atravessa a sala de estar, caminha até a cozinha para tomar um copo d’água. O café da manhã posto na mesa e um bilhete posto na geladeira o recepcionam; o bilhete dizia: “Precisei sair mais cedo hoje pra trabalhar. Espero que você tenha um bom dia. Te Amo!” Ass.: Senhora Park. Ps.: se precisar de qualquer coisa me liga!
- Hummpf.. - Soltou, com ar desgostoso - Eu que não sirvo a esse teu Deus.. - Disse, falando pra si mesmo.
O casamento não ia bem. Havia pouco tempo, coisa de um mês, que a senhora
Jeniffer Park havia ido a uma igreja e se convertido. O que até poderia ser algo bom, caso seu marido não fosse ateu e determinado a combater o cristianismo e "a Deus", como ele costumava dizer. Ela, tentando explicar o
caso ao marido, disse que, quando entrou, só tinha a intenção de visitar aquele
lugar porque sentia saudades da infância com seus pais, quando ia à igreja todo
Domingo. Mas após as músicas que ouvira, e a pregação do Pastor, algo dentro
dela se convenceu de que aquilo era o certo, pois agora sentia uma paz que havia
muitos anos não experimentava.
Ele se sentiu traído,
pois casou-se com uma mulher cética e liberal, que não se importava muito com
as coisas, e que levava a vida da forma “correta”, que havia desafiado os próprios pais para ficar com ele. E agora o que via era apenas
uma crente, uma “alienada” que não sabia dizer outras coisas senão "Jesus te ama" e que "A vida é melhor com Cristo"...
– Não quero você em minha casa! Não uma crente! Vá lá e desfaça tudo! - Gritava com raiva. - Esse povo
maluco que vive falando Jesus pra lá e pra cá! Ooora! Basta ter que vê-los na
TV dia após dia implorando por dinheiro! E agora minha própria esposa!? – ele disse.
Ela sempre tentava amena-lo dizendo - Fiilho... Calma! Nada mudou. A única coisa diferente
é que agora eu quero ser uma pessoa melhor. Pra Deus e pra você. Ainda te amo do mesmo jeito... E ainda mais.
Ele não se dava por satisfeito, e gradativamente ia esfriando a
relação, até chegar àquele ponto, Naquele dia chuvoso, quando já não falava
ou tocava mais nela.
Naquela manhã de sábado, o 1º Sargento Jonas Park encontra
uma carta, obviamente posta com desleixo por debaixo da porta, salpicada de gotas de chuva, onde estava
escrita sua convocação pela força aérea para auxiliar sua pátria a combater o
avanço inimigo nas terras ao Norte.
"É o meu fim", pensou resignado. Suas lágrimas caíram sobre aquela carta. E já não se sabia o que era chuva e o que eram lágrimas. Mas não importava. Ia à guerra, e não voltaria nunca mais. Ao menos era o que as probabilidades diziam.
Eram tempos difíceis.
Injustiça Esdrassss... cadê o fim?
ResponderExcluirEstá próximo... kkkkk
ResponderExcluirSegunda parte hoje :))