O conhecimento é formado em nós a partir da experiência. Nosso dia a dia, nossas conversas, aquilo que ouvimos, que vimos, que sentimos, tudo isso faz parte da experiência, tudo isso faz de nós o que hoje somos.
Aquele livro que lemos ontem, aquele beijo, ou abraço, ou
carinho que fizemos/recebemos, tudo isso faz de nós nós mesmos.
Mas há outras formas de conhecer. Através da analogia por
exemplo, pode-se “criar “novos conhecimentos”. Mas voltamos a um ponto
primordial. O que nos levou à analogia? Não foi a experiência? Isto nos leva a
questionar: será que tudo e absolutamente tudo é apreendido em algum ponto
devido à experiência?
Ora sentimos frio, ora calor. As vezes temos medo, e as vezes
coragem. Mas o que nos leva a temer, ou a sermos corajosos? E as definições de
frio e calor, a partir de onde vieram? Tudo me leva a crer que tudo parte e
depende da experiência. Logo, nada é novo, tudo já foi, em algum ponto,
experimentado. E tudo é criado através da experimentação.
O celular por exemplo, veio à tona para suprir a nossa conhecida necessidade de comunicação. Mas
já foi, em algum ponto, experimentado por nós. Tudo o que fizemos foi aperfeiçoar
aquilo que tínhamos. Aumentamos seu alcance e sua disponibilidade.
Quanto àquela necessidade, eis algo a se dizer (tudo faz parte
de um panorama maior, não se sinta perdido, vá em frente J ): Necessitamos de
comunidade porque necessitamos de comunicação (juntos somos mais fortes, certo?).
E cada vez que criamos uma comunidade, criamos também uma necessidade de manter
a mesma informada. Pois agora não são só aquelas poucas pessoas de sempre.
Agora há cada vez mais e mais pessoas. Então precisamos de uma forma de falar a
todas ao mesmo tempo, como se estivéssemos falando apenas a uma.
Começamos apenas informando, mas a necessidade da resposta
do outro permanecia ali, tão viva
quanto sempre foi. E lutamos cada vez mais por essa possibilidade em nossa
história. Então, aquela ideia do celular sempre esteve ali, mesmo que
primitiva, desde o grito, desde as mãos fazendo concha para alcançar um número
maior de pessoas. O celular sempre esteve ali, primitivo, em nossa experiência.
(Uso o celular como exemplo simples. Mais como um guia de raciocínio para nos
facilitar a cognição deste conteúdo).
E a eletricidade? Não é algo que veio da experiência do
homem, concordo. Ou que preexiste como que extintivamente em nós, certo? A eletricidade é, então, um
caso à parte?
A resposta, em minha humilde opinião é: Não. Pois ela não foi “criada” como o celular. Ela foi
descoberta. E coisas descobertas precedem a nossa experiência. Logo, concluo: “Não
há nada de novo debaixo do sol.” Não há nada “criado” que, em algum ponto,
devido à nossa experiência, não já tenhamos imaginado ou vivido. Mesmo que de
forma primitiva. A ideia sempre esteve ali, e através da experiência fomos capazes
de conquista-la. E aquilo que não é criado, é além de nós. Podemos apenas
descobrir e usar em nosso favor. (Ou contra nós).
Espero ter sido claro na exposição do tema. Caso sim, muito
obrigado pela atenção de todos. Caso não, sintam-se livres pra perguntar.
Qualquer dúvida, crítica ou questionamento são muito bem-vindos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário