sábado, 8 de agosto de 2015

Não Era, nem deverá Ser Uma Vez

Em nenhuma das vezes, surgiu essa história que estou prestes a contar pra vocês.

Nunca.

Certa vez, um homem, de seus bem vividos 40 anos, estava caminhando aos tropeços por uma via, num centro, no meio da periferia de uma dessas grandes cidades. Uma barba rala, Um cabelo curto e um Rosto sério marcavam suas feições. Cambaleava enquanto olhava para baixo e procurava falivelmente um caminho entre aquelas projeções fundas, sujas e úmidas. Havia buracos em todo lugar. A cada salto um gemido de dor. Mas não há do que se reclamar. Gritar, talvez. Fazer uma cena aqui e ali. Mas só. Da mesma forma que estava. Só. Caminhou até o fim da rua, dobrou a esquina na direção do nascer do sol. - Ora, é lá que tudo se renova, certo? - Então seguiu. O vento era firme e suave. Firme como um vento de chuva, Suave como a brisa que vem do mar. Um Pulo, Um Passo, Um Gemido, e assim seguiu a canção daquele dia. Era cedo. Não havia pessoas nas ruas, ou ao menos não ousaria chamá-las assim. Havia robôs, que acabaram de acordar e que assim como ele, entoavam a mesma música, ditada pelo ritmo das ruas. Cada qual com sua mala, sua face, sua vida. Não se olham, não se enxergam, não se  importam. Chegou ao fim de mais uma rua. Observou a luz verde em formato de pedestre acender de forma alegre em sua direção. Cruzou a Avenida a sua frente, chegou à parada de ônibus, tomou o primeiro coletivo em direção à repetição, e assim prosseguiu sua existência. Vivendo, repetindo e Pulando e passando e gemendo.

Fim.

Eu estou de Volta

Não que alguém se importe! kkkkkk Mas mesmo que esteja e que ninguém se importe, eu sinto uma multidão de olhos atentos a cada letra que esc...