quinta-feira, 31 de março de 2016

Calor

Num certo dia de sol, lá com seus 37° Celsius, Pompeu conheceu Filomena.
Moça requintada, de belo porte e belas palavras.
Pompeu, aos seus 36º, fora casado com uma dama, que aos 40º veio a falecer. De Febre.
Filomena, sempre aos 34º, perdeu seu amado amando-o, numa bela tarde de sol, na beira da piscina. Afogado.
À Temperatura da Pele, Amena - a menos que você esteja acostumado com climas frios - se conheceram. E ainda assim, eu, querido ledor, não saberia dizer qual a temperatura ideal para seus momentos.
Mas aqueles dois, aquele Pompeu e aquela Filomena, eram de um tempo calorento, preferiam assim, aos seus 36, calorentos, acalorados.
Se amaram desde o primeiro encontro de olhares abafados, numa bela tarde de Sol, naquele velho parque.


Aos 37.

sexta-feira, 25 de março de 2016

"War, War Never Changes"



Um homem numa terra desolada. A vegetação destruída por intermináveis cotas de radiação advinda das centenas de bombas atômicas que estouraram por todo o país. Vacas de duas cabeças que dão leite radioativo, Leite que dá queijo com gosto de ferro, ferro que é usado na feitura de armaduras, que por sua vez são usadas por mal feitores, que roubam a terra que ainda nos resta, terra que ainda persiste em nos alimentar, nós, seus mal feitores, com ou sem armaduras tiradas do ferro do leite das vacas radioativas dessa era maldita.




Um homem em um terno preto. A paisagem escura. Prédios, monumentos, verdadeiras obras de arte em concreto. Trilhas de peças de dominó. É tudo mesmo um jogo. Um jogo de aparências nesta época radioativa. Um jogo de palavras malditas, mal ditas. Entretenimento sombrio, que destrói a aparência do bem que já se não cria mais existir. E agora? Quem poderá nos defender? Eu? Você, Chapolim? Uma Armadura, talvez? Pois sim. Mas esta está de volta ao mal feitor, Que destruirá a terra que nos alimenta com essa vaca de duas cabeças de leite radioativo, dum queijo com gosto do ferro de sua armadura.




Porque no fim é tudo mesmo um jogo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Um Ponto na Ponte dos Pontos

Um Ponto de cima da Ponte
É um Ponto Possante
Acima e Distante
Que nos faz pensar

Num Ponto Distante da Ponte
Vivendo errante
Com a Ponte a sonhar

No dia que subir na Ponte
E ver lá de cima
Outro Ponto avançar

E assim segue a vida Errante
De um ponto Distante
Que nem vai Pensar

Que o Ponto e a Ponte Adiante
São sempre os mesmos
Que irá imitar.

Eu estou de Volta

Não que alguém se importe! kkkkkk Mas mesmo que esteja e que ninguém se importe, eu sinto uma multidão de olhos atentos a cada letra que esc...