sábado, 27 de janeiro de 2018

A gente

A gente sente quando vale a pena
A gente afunda o pensamento em poema
A gente foge de si mesmo enquanto pensa
A gente ama sem pensar nas consequências

A gente olha pra um céu todo estrelado
E lembra dela até ficar arrepiado
A gente pensa num futuro entrelaçado
E o coração fica a bater descompassado

A gente engasga pra dizer a frase inteira
A gente dá aquela olhada de esguelha
A gente busca proteger o coração
Mas tu és chuva que vem fora da estação

É dia claro e você chega sem avisar
Chovendo fino como quem já vai passar
E de repente me desaba na cabeça
E eu fico doido sem saber o que pensar

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Memórias

Um dia desses, durante uma aula de Inglês, fomos questionados a respeito de nossas memórias.
O quanto nos lembramos, do que mais lembramos, de quem mais lembramos.
As pessoas discutiram de forma ávida um assunto que no fundo no fundo, não fazia a menor diferença na vida delas. Depois dali todo mundo ia pra casa pensar no jantar, na(o) crush, nas amizades/inimizades, enfim.. vida que segue.
Então, esse papo todo sem futuro rolando e eu pensando exatamente nisso. No quanto algo tão belo e profundo quanto nossas memórias, estava sendo discutido como se fosse o gosto do café que mudou de repente e agradou uns enquanto pra outros não vale mais a pena lembrar.
Memórias pra mim, mais pelo fato de eu quase não tê-las, tornaram-se algo precioso demais pra se gastar em conversas desimportantes como aquela. É preciso que quem esteja ouvindo se importe, ainda que minimamente.
Precisa ser curtido por ambas as partes envolvidas na contação de histórias.
Porque do contrário, seria compartilhar o desnecessário. Que por si só é desinteressante. Indigno de apreciação.
Então, só compartilho com quem curte de verdade ouvir de um passado de memórias de certa forma pequenas, mas que valeram a pena.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Solidão

No último dia ele entrou em casa com a capa amarela molhada da chuva lá fora.
O vento frio acompanhando sua entrada, buscando fugir daquele dia triste e trazendo consigo arrepios na espinha.
No último dia ele se sentou em frente ao fogo aconchegante de sua lareira.
Com aquele café de sempre, com a leitura de sempre e a mesma sensação de lar que só aquele lugar lhe proporcionava.

Pensava em tudo que não viveu. Tudo que não falou e no vazio, que como um buraco aberto no teto, tornava impossível não perceber a falta dela.
No último dia, que ele pensou ser mais um, ele esqueceu de amar, de sentir, e passou. Como todos os dias passam.

Eu estou de Volta

Não que alguém se importe! kkkkkk Mas mesmo que esteja e que ninguém se importe, eu sinto uma multidão de olhos atentos a cada letra que esc...