terça-feira, 26 de setembro de 2017

Um Pouco sobre Palavras e Direitos Humanos - Pensamentos

Estava eu aqui estudando sobre Human Rights e me senti inspirado. Decidi escrever e eis o que saiu logo abaixo: (perdão pela falta de contexto)

Nada vem do nada e por isso não podemos crer que fora “apenas” a 2ª guerra mundial e suas atrocidades as responsáveis pela chegada da declaração dos Direitos Humanos. Mas que toda uma conjuntura de pensamentos, ensinamentos, doutrinas, leis, interesses, consciência, enfim, uma infinidade de fatores escassos e espalhados no terreno das gerações passadas foi o que nos trouxe a esse momento, no século XX, onde pudemos declarar os direitos que, apesar de auto evidentes, pareciam esquecidos e afogados em ideologias perversas de controle e dominação. Mas não nos enganemos. Pois foi a custo de muito suor, sangue e leves penas tintadas, que esses direitos nos alcançaram, ou melhor, os alcançamos.
A verdade é que por toda a nossa história há vestígios do que penso ser uma vontade passiva em direção aos Direitos Humanos. Desde os Hebreus à suméria e o Egito, Grécia e Roma e até os nossos dias, micro noções destes direitos tão caros a nós surgiam e sumiam para depois reaparecer sob outra indumentária. Seja ela de Direitos Naturais, vontade Divina ou Direitos Humanos em si.
No entanto, durante séculos a história nos conta que vivemos em uma espécie de Idade das Trevas. Lugar no tempo onde a luz do conhecimento pouco penetrava e onde uma barreira de preconceitos Virtuosos empatava todo aquele que livremente pensava. Eram tempos escuros para a Humanidade. Tempos onde o mal, travestido de bem, impunha sua vontade contra a natureza de todos os homens. Então, o tempo passou.
No alvorecer do século XVIII algo de incompreensível rodeava o pensamento dos Povos. Alguns feixes de luz penetravam a noite dos séculos passados, trazendo certa clareza incômoda e até certo ponto indigesta àquelas mentes. É claro que qualquer mudança drástica na forma de pensar de um povo não é causada a partir do nada. Não. Ela é incomodada, incitada ao despertar dos novos tempos, tempos de renovação, tempos de iluminismo.
Nesta cronologia de transmutação histórica, é feliz a Historiadora Lynn Hunt ao trazer em sua obra “A Invenção dos Diretos Humanos: Uma História”, uma abordagem genealógica tão próxima do ser humano. Pois deixando de lado as conjunturas históricas de povos espremidos dentro de uma massa uniforme de pensar e agir, onde as vozes dos grandes pensadores do passado ecoavam solitárias e absolutas, a autora nos leva ao microuniverso das pessoas que viviam naqueles tempos, naquele memorável século XVIII. Neste sentido, faz bem aderirmos a Foucault, que afirmava em sua Microfísica do Poder, sobre a “Genealogia e a História”, que a Genealogia traduz-se “num indispensável demorar-se: em marcar a singularidade dos acontecimentos, longe de toda finalidade monótona; espreita-los lá onde menos se os esperava e naquilo que é tido como não possuindo história – os sentimentos, o amor, a consciência, os instintos; ...”. E é justamente neste ponto que a narrativa trazida por Hunt, brilha. Pois quando mergulhamos nas opiniões da população, nos sentimentos daqueles que liam os romances da época, que expressavam suas opiniões a respeito, ficamos extasiados com a forma com que as pessoas lidavam com a emoção trazida por aquelas peças literárias. É palpável nos relatos uma espécie de despertar inesperado da consciência humana. No identificar-se, no enxergar o outro como pleno, tão pleno quanto a si mesmo, é que vemos o poder das palavras sobre aquelas pessoas.

Este poder inenarrável que se traduz no riscar do papel e em simbolismos diversos, mas que no fim das contas, nos trouxeram até aqui e fizeram de nós o que hoje somos.

Continua...

domingo, 24 de setembro de 2017

Escrevendo Sobre Sonhos

Então... Por onde começar?

Pelo início para sermos redundantes ou pelo fim para sermos clichês e cafonas numa simbiose repetitiva?

Vamos partir de um quarto desta anedota polifônica então.

Bem, estava eu deitado, no mesmo lugar por onde esta breve história começou, lendo um texto interessantíssimo sobre algo que eu estava escrevendo sem parar e com toda a paixão que esta atividade nos permite. Quando de repente, me veio a brilhante ideia: vou escrever sobre sonhos. Não os de padaria, nem os de nossos sonos, mas "puramente" sonhos. 'Vontades', por assim dizer.
Tenho muitos desses sonhos. Um deles se força a cumprir aqui neste blog enquanto escrevo esse post. Outros  dizem respeito ao futuro. Quem quero ser, onde quero chegar, quais perguntas anseio por responder.
Eu não sei vocês, mas algo em mim me faz pensar que nasci para algo mais, além de "simplemente" 'viver a vida'. Algo além de nascer, crescer, reproduzir e morrer. Algo além de deixar que me ensinem, além de aceitar o que me dizem, além de mim mesmo.
Esse texto talvez seja um desses sonhos, há muito esquecidos, que em momentos específicos e certos, brotam e fazem-se cumprir. Eis aí um paradoxo inextinguível entre a vontade de fazer e o fazer em si. Quando deixamos de lado a ideia, fazendo com que se cumpra e se torne realidade.
Então eis-me aqui, espero que lhes sirva bem.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Um tanto de tudo e um pouco

Um tanto de tudo é um pouco
Um pouco de tudo é um tanto
Tanto que tudo é tão pouco
Se tudo for só um tanto
Mas pouco é tudo que eu tenho
Pra contar sobre tudo e um tanto
Então conto o que é meu encanto
Porque tudo que é pouco eu tenho

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Poeira

Passa, eterno passageiro
Esvoaça pelos ares ligeiro
Leva pra longe a notícia de outras terras
Traz contigo o passado e o futuro
Mostra a todos quem és
Que és tudo
E que tudo de ti vai
E a ti um dia retorna

E.G.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O Perdão

Hum.. Uma das coisas mais difíceis na vida é perdoar. Quando a ferida é pequena e a pessoa é próxima, fica um pouquinho mais "fácil". Mas já pensou se a pessoa te arranha, abre uma ferida, ela sangra, você olha e nada pode fazer além de chorar? Dói, não? E se ela continua a desferir golpes? Diz não ser teu amigo, diz nunca ter te conhecido.. Te bate na cabeça, no coração, na alma.. E agora? Mais difícil de perdoar? E se ele vira as costas e vai embora? O que fazer? E se a distância for tão grande que um grito não resolva? E se for tão distante que a alma não alcance?

E se um dia decidir voltar?

E se um dia te pedir perdão? Se olhar pras tuas feridas e chorar? E se chorando te falar que errou? E se te olhando nos olhos, disser que se arrepende?

Perdoarias?

Uma das lições mais maravilhosas que Jesus nos ensina é o perdão. Ele me perdoou mesmo sabendo quem sou. Mesmo eu o tendo ferido tantas e tantas vezes, as vezes sem ver, as vezes vendo, mas Ele me perdoa. E eu o amo mais que tudo nessa vida.

Uma parte de toda a vida

A vida é engraçada as vezes não é? Haha Gosto do senso de humor que vem no pacote de ensinamentos. Esse humor por vezes negro que nos deixa meio estranhos com o que acontece e com o que aprendemos depois. Vocês sabem... Mas no final vai dar certo. De um jeito ou de outro vai dar certo. As vezes a gente olha pra si mesmo e vê quanto problema pra resolver.. Bate um medo do que as vezes nos tornamos, mas o que bate mais forte é o desejo que Deus nos dá de ser aquilo que Ele planejou pra a gente. A esperança as vezes foge de vista e Deus sempre de alguma forma acalma o nosso coração e nos ensina que confiar nele, ser guiado por ele, é sempre a melhor coisa. Não é ser controlado, é obedecer sabendo que ele já viu a gente lá na frente. Ele conhece melhor o caminho, então deixemos que Ele nos guie!

Parte de um inteiro

Somos todos parte de um inteiro maior do que nós mesmos. Claro, uma parte nunca vai ser maior que um inteiro. Ela pode até se sentir assim. Mas um dia irá abrir os olhos e ver que na verdade o inteiro era verdadeiramente maior e era o que faltava para a completude de si mesma.
Sejamos completos, busquemos nossas partes, apeguemo-nos a elas e sejamos inteiramente completos.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Um Texto é assim

Um texto é assim...

Escrito aos avessos,
partido em pedaços,
pensado aos tropeços,
falado aos palhaços,
desqualificado de primeira.

Depois rebuscado,
e aí revirado
e posto a fermentar.

Esquecido até que um dia o escritor o visite
e se lembre que ali havia um texto,
abandonado no porão da memória,
aguardando pra entrar pra história.

E aí de repente,
na memória ferve,
fresco como o raiar do dia,
o que antes não se via
naquele diamante bruto.

É que com o tempo a gente aprende,
que texto é que nem aguardente,
quanto mais velho milhó.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Altos e Baixos

Um dia eu precisei descer
Mais fundo do que já ousei
E isso sem sequer saber
De tudo que hoje eu sei

Precisei descer
Pra poder olhar pra cima
E enfim entender
A grandeza de minha sina

Não que eu seja grande, veja bem
Mas que todo pequeno festeiro
Pra poder ver por inteiro
Precisa distância primeiro

Pra poder firmar certeiro
No alvo que é fugiteiro
Uma flecha de azevinheiro
Que eu chamo de amor verdadeiro

Aí depois pode ver bem
Que a vida de tudo tem
E que pra ser feliz com alguém
Independe de um vintém
Mas daquilo que do coração vem.

Sode e Desce

Um sobe sobe
Um desce desce
Um sobe desce
Outro sobe
Enquanto um desce

E é nesse sobe desce que a vida ensina a gente que se um sobe, outro desce.
E descendo a gente sobe pra poder outro descer.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Atuação das Forças

O estado de natureza é aquele no qual nos encontramos mais escravos dos desejos do que o somos no estado atual. O desejo no estado de natureza leva quase sempre a uma concretização. Digo quase, porque a atuação das forças interessadas na mesma situação será juiza e executora da mesma e ditará através de um embate sujo e cruel quem vencerá e determinará a verdade do passado após aquele momento. A concretização do vencedor através da força ditará o rumo de um, alguns ou muitos povos. E assim foi sendo contada a nossa história. Através de estórias de um tempo onde a verdade era escrita a ferro e fogo e onde o poder ditava através da força cada palavra a ser escrita e repetida para a posteridade.

Dois dias em Hogwarts

Numa destas Quarta-feiras ensolaradas eu comecei a leitura de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Foi Fantástico como eu já esperava que fosse, mas tem algo mais. E é disso que eu quero falar.

Logo quando o livro começa eu já sou invadido por um, na verdade dois sentimentos: ódio voraz e desejo de liberdade a qualquer custo. Porque... Como pode? Como pode? Que família maltrapilha, que seres humanos mais fétidos. Lembou-me do início de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios", no qual a mãe dele só ficava com o padrasto por conta da porcalhice do mesmo. Porque esta ocultava o "cheiro" de tudo que era especial em Percy. Só que o tal "mesmo" agia como um terrível de um capataz escravista com o enteado. Assim também acontecia com Harry, só que pior! Eles são FAMÍLIA do Garoto! Tio, Tia e Primo.

Nos últimos anos de sua infância, Potter vivia a realidade como lhe fora apresentada. Pais mortos num acidente, Adotado e Maltratado pelos tios, servo e não parente das pessoas que lhe eram mais próximas. Uma cicatriz em forma de raio na testa que lhe servia dia e noite como uma lembrança indistinguível de uma realidade que lhe fora arrancada. Por memória em pesadelos, apenas um clarão verde se mostrava como o único fiapo de lembrança do que poderia ter sido uma vida completamente diferente.

Algum tempo se passou até a chegada de seu décimo primeiro aniversário. Nada de especial, apenas alguns pratos para lavar, uma boca para fechar e uma cama embaixo da escada, um refúgio onde podia se afastar.

Então chega uma carta, advinda de um lugar distante, convidando-o a um mundo distante, desconhecido. Cartas, corujas, estradas, loucuras, mar e casebre. Trajetória sinuosa para um pequeno garoto que não sabia do que fugiam. Até que uma noite, finalmente fora salvo por um GRANDE futuro amigo.

Levado e Resgatado por fim, foi em direção  ao futuro que o aguardava, o do menino que sobreviveu, o menino capaz de vencer a morte através do amor.

Belíssima estória ficcional que nos ensina muito sobre amor, amizade, lealdade e caráter. E sejam bem vindos ao mundo da Magia.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Te Desejo os melhores Cheiros

Sabe de  uma coisa? Tudo tem um cheiro... ÓÓÓÓÓH.. Que novidade marcante não é mesmo?

Mas o que eu quero dizer com o cheiro das coisas é que tudo que cheira, lembra. Mesmo que feda. Especialmente aqueles cheiros de tempos marcantes (bons ou ruins).
E isso sempre me deixa muito nostálgico. Por exemplo, neste exato momento, tô sentindo o cheiro de um perfume que eu usei quando comecei este blog, sonhando escrever e escrever, por que eu amo isso.
Ah! E nessa época eu também estava lendo pela primeira vez um dos meus livros favoritos "O Nome do Vento", e aprendendo que falar sobre coisas não é atirar palavras ao vento. Não. É uni-las, separa-las, refaze-las, mastiga-las e faze-las dançar ao som do vento, do tempo e da chuva, faze-las fluir do coração para as mãos, bombea-las por todo o meu corpo, senti-las cair na ponta da língua e vê-las dançarem aos pés dos ouvidos. Senti-las caindo como um pingo d'água no ouvido de quem ouve e no coração de quem lê.
É tudo isso que meu coração me faz sentir quando eu sinto um cheiro.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A sensação de uma boa leitura

Uma profusão de palavras desconexas como uma sopa de letrinhas infinitas e coloridas, possibilidades intermináveis de textos rasos e profundos produzidos pelo simples riscar do papel, grande aliado de uma mente arguta.
Assim surgem as leituras mais propensas à interminável e deliciosa continuação; até o ressoar inacreditável do Fim.

Onomatopeia

Um fluido ruir de águas rancorosas que riscam um quadro negro a Giz, zumbindo nos meus ouvidos como um rasgar metálico neste ar cálido desta noite ríspida. Ou em outras palavras: iiiirirriririririrriiriirrrrrrrr, como garras afiadas se arrastando pelo metal.

Eu estou de Volta

Não que alguém se importe! kkkkkk Mas mesmo que esteja e que ninguém se importe, eu sinto uma multidão de olhos atentos a cada letra que esc...